Crianças descartadas

A realidade y o remédio restaurador.

Elena estava no ensino médio. Tinha muito talento e pensava em estudar para ser uma advogada. Contava com todos os recursos para isso. Elena tinha muitos amigos e também um namorado que aparentemente a amava muito. Estavam muito apaixonados e pensavam em se casar um dia. No entanto, como acontece muitas vezes nos amores mundanos, Elena ficou grávida. Ainda lhe faltava um ano de colégio e, em seguida, viria a faculdade. Que poderia fazer agora? Não queria se casar, ainda. Quando seus pais perceberam, ficaram muito preocupados. Sua família era conhecida como pessoas de elevada moral. E agora? Que diriam as pessoas? Que pensariam de sua família? O que Elena deveria fazer?

A resposta do mundo

Hoje em dia, muitas pessoas diriam que a solução mais rápida e fácil seria fazer um aborto. Diriam a Elena que o aborto é aceitável se a criança que vai nascer interromper sua carreira, ou se a situação econômica for difícil, ou ainda se a mãe for solteira. Mas será que elas têm razão?1

As estatísticas

Em 1989, uma pesquisa revelou que a cada ano 55 milhões de crianças são mortas por aborto em todo o mundo. É o mesmo que dizer que 150.685 crianças são assassinadas a cada dia ou 6.278 por hora ou, ainda, 105 por minuto. Somente nos Estados Unidos mais de 4.300 crianças são mortas por dia.1 Nas seis guerras em que os Estados Unidos participaram, pouco mais de 1 milhão de norte-americanos foram mortos. Compare isso com os 1.600.000 abortos a cada ano no país ou com os 55 milhões de fetos assassinados ano após ano em todo o mundo. 2

O conceito dos médicos

Os médicos que praticam os abortos se referem a esses pequenos seres humanos como “matéria fetal”, “um produto da concepção”, “uma massa primária”, ou “um conjunto de células”. Em vez de falar de aborto, falam de “interrupção da gravidez por planejamento pós-concepcional”, ou “extrair um conjunto de células”, exercendo assim o “direito de escolha da mulher”. A que extremo chegou este mundo!

A realidade

Na Califórnia, uma empresa havia alugado um grande recipiente para coleta de lixo. Contudo, como o aluguel não foi pago, os donos mandaram alguns trabalhadores de volta para retomar posse do equipamento e limpá-lo. Eles encontraram algo incrível e espantoso. No grande recipiente havia 17.000 fetos flutuando em pequenos frascos de formol. Ver os fetos, muitos perfeitamente formados e desenvolvidos, de sete meses e meio, causou um fortíssimo impacto. Alguns dos trabalhadores se retiraram para vomitar.

Depois não puderam enterrar os fetos porque havia um desacordo se seriam vítimas e cadáveres, ou somente “matéria fetal”. 3

A verdade é que essa “matéria fetal”, às oito semanas de gestação, já é um bebê que pesa em torno de um grama. Sentado, mede aproximadamente três centímetros. Todos os órgãos estão formados e, o coração bate com força. O estômago produz as soluções digestivas e as papilas gustativas estão começando a se formar. Ele pode sentir dor e responder ao tato. 4 Será isso só um conjunto de células? Não! É um bebê.

Os que estão a favor do aborto dizem que é uma maneira fácil de solucionar uma gravidez não desejada. Mas, na realidade, não é tão fácil e existem muitos outros resultados que não são mencionados. Existem cinco por cento mais chances de se ficar estéril depois de um aborto, cerca de 400 por cento de possibilidade de uma gravidez ectópica e um aumento de dez a quinze por cento de possibilidade de um aborto espontâneo. 5

As consequências emocionais e psicológicas

Uma senhora disse: “Meu médico me explicou da seguinte forma: ‘Vamos injetar em você um pouco de líquido, vai sair um pouco de líquido, você vai sentir uma dor forte e logo o feto será expulso’. Mas não foi bem assim. Eu senti o meu bebezinho esperneando e revolvendo-se durante uma hora e meia até que por fim morreu, lentamente”. 6

Uma jovem conta sua experiência com um aborto. Descreve um momento muito frustrante na clínica. Os funcionários da clínica não se preocupavam com ela. Ela disse que quando sugaram os restos de seu bebê do seu ventre, a dor era insuportável. Disse que na verdade o aborto em si é rápido, mas que seu futuro não era tão fácil. Vivia com culpa, recordando-se constantemente do que ela havia feito com seu filho, um ser humano. Considerava o suicídio quando pensava na criança que poderia ter vivido e que ela poderia ter amado. Sentia-se condenada e pensava que não merecia viver. Por que sua primeira gravidez foi tão horrível? Por que ninguém a advertiu das terríveis consequências que se seguiriam?7

O mais importante

Existe algo muito mais importante que os problemas físicos e emocionais. Não se trata somente de um punhado de células indesejadas, meu amigo. Não se trata de um pouco de lixo que descartamos quando nos parece apropriado. Tampouco se trata de como me livrar de uma inconveniência “para que não interfira em minhas ambições”. Não meu amigo. Mil vezes não! Trata-se de um ser humano igual a você e a mim; um precioso ser que Deus criou. Estamos falando de seres humanos a quem não temos o direito de tirar-lhes a vida. Não temos o direito de cometer homicídio. Deus é quem dá a vida, e Ele é quem a tira a seu tempo.

Deus é o autor da vida. Ele é quem torna possível o milagre da concepção. Ele é o que dá vida à nova criatura. Desde esse momento, e mesmo antes, Ele se interessa por cada detalhe desse ser humano que se está formando para vir ao mundo. Davi, o salmista, compreendeu essa verdade e declarou:

Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizes te de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.” (Salmo 139:13-16)

Quem somos nós para nos intrometer nesse plano de Deus? Com qual autoridade podemos optar por um aborto só porque esta gravidez não nos convém? Somente Deus possui o direito de abrir e fechar o ventre. É ele, e não os homens, quem decide se vai haver uma concepção.

Vejam agora que eu sou o único, eu mesmo. Não há deus além de mim. Faço morrer e faço viver…” (Deuteronômio 32:39-40)

Mas o homem tomou como seu esse direito. Mães com suas desculpas egoístas, pais com sua independência, filhas sem orientação bíblica, e médicos com suas ideologias inescrupulosas, instrumentos afiados tomam a parte que cabe a Deus. O homem mata o inocente. Mas a Bíblia diz:

“…nem condene à morte o inocente e o justo…” (Êxodo 23:7)

Não matarás.” (Êxodo 20.13)

“…e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo.” (1 João 3:15)

Mas os… assassinos… o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte.” (Apocalipse 21:8)

A realidade

Vimos que praticar aborto é pecado. É um pecado grave. Mas quase sempre ele ocorre como consequência de outro pecado anterior: o sexo ilegítimo. O “amor livre” e a imoralidade são pecado e trazem muitos problemas e dor. Muitas gravidezes indesejadas, tanto de jovens como de adultos, são resultado do sexo desenfreado. Deus estabeleceu suas leis de como deve viver o homem, Ele instituiu o matrimônio. Deus nunca aprova a atividade sexual fora do casamento. Por violar as leis de Deus, muitos estão sofrendo consequências sérias. Por isso, muitos buscam o aborto para não arcar com a responsabilidade de criar seu filho ou pela vergonha de seus pecados.

Contudo, seria este o remédio? Não meu amigo. Jamais! Isso seria amontoar um mal sobre outro; a fornicação somada ao homicídio. Deus estabeleceu a lei de um só companheiro para toda a vida. Quando desobedecemos a essa regra, distorcendo-a, temos resultados trágicos. O remédio preventivo é submeter nossa sexualidade às leis de Deus. Assim, haverá muito menos gravidezes indesejadas.

O remédio restaurador

Querida leitora, Deus a chama a levantar-se e erguer bem alto suas leis em uma sociedade que já não quer nada com ele. Deus a chama a se apartar da maldade deste mundo e identificar-se com ele e sua verdade. Deus se preocupa com você, amiga, se você se encontra com uma gravidez “indesejada”. Ele ama o pequenino ser que está se formando em seu ventre. ele quer dar vida e luz, e não morte em sua situação difícil.

Também existem outros que se compadecem de seu estado. Procure por uma igreja fundamentada na Bíblia. Ali você vai encontrar um ambiente de amor e compreensão. Os irmãos a aconselharão e a ajudarão a descobrir quais medidas tomar para o futuro. Nós também queremos ajudar você a encontrar uma solução correta. Por isso imprimimos este livreto.

Talvez você seja uma pessoa que já tenha feito um aborto. Uma pessoa que se sente culpada e deseja dar um fim em sua vida. Sente-se perturbada e não consegue se esquecer daquela vida que nunca viu a luz do sol por decisão sua. Você já sabe que Deus condena tal decisão. Já sabe o que a espera. Ouça-me amiga, se você está disposta a se arrepender, Deus quer perdoá-la. Ele quer lhe dar uma nova vida. Ele deseja salvá-la do inferno que a espera. Ele preparou um belo lugar, o céu, para os que o recebem e lhe obedecem. Arrependa-se hoje e reconcilie-se com Deus, e você experimentará o perdão que há nele.

Elena tem que suportar agora as consequências do seu pecado e da tremenda solidão. Mas não tem que seguir pecando. Pode se arrepender e receber a Jesus como seu Salvador e Senhor. Pode encontrar na igreja de Jesus uma família que a ajude e a compreenda, ela não precisa tomar a decisão mais comum: fazer um aborto. Ela não precisa descartar seu bebê. Isso seria um pecado sobre outro. Deus pode tirá-la de seu estado pecaminoso e dar-lhe um novo coração. Ela pode buscar uma igreja cristã onde os irmãos a ajudem a tomar decisões que agradem a Deus. Esta opção, sim, valeria a pena, agora e por toda a eternidade.

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Foto da capa O Doutor Russel Sacco possui um laboratório em Portland, Oregon, EUA. Em seus estudos, ficou impressionado com o quanto se desenvolveu um bebê de dez semanas. Ele tirou essa fotografia dos pezinhos de uma criança morta por aborto na décima semana de gestação. Essa foto tem sido mostrada em todo o mundo, causando um forte impacto.

—Utilizada com permissão de: “Did You Know?” (Você sabia?), Hays Publishing Company, Cincinnati, OH.

  1. Alan Guttmacher Institute (Instituto Alan Guttmacher), uma divisão da Planned Parenthood (Federação de Planejamento Familiar - FPF), Nova York, NY — Rescue Update June/July 1989 — Southern California Operation Rescue. (Citação de The Sanctity of Life [A Santidade da Vida]por Charles R Swindoll, Word Publishing, 1990) página 3.
  2. The Sanctity of Life (IBID.) American War Casualties, página 14.
  3. The Hidden Holocaust (O Holocausto Oculto) de Angela E. Hunt.
  4. 8 Week Old Developing Baby (Um Bebê de 8 Semanas), Hayes Pub. Co. Inc.
  5. You Have a Right to Know the Truth (Kansas for Life [Kansas ProVida]).
  6. Life Before Birth (A Vida Antes do Nascer), Good News Publishers.
  7. But Nobody Said Think (Mas Ninguém Mandou Pensar), Sun Life Greystone, Thaxton Virginia.
  8. (As imagens das páginas da página 2 e da contracapa foram cedidas pela organização: “Vida Humana Internacional”.). Escolha a vida para o seu bebê!
Detay
Lang
Portuguese
Otè
Duane Nisly
Edite
Editora Monte Sião
Pibliye
02/05/23
Sijè

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