Inocentes perante Deus

Deus fez os pais responsáveis por preparar o coração dos filhos até que cheguem à idade em que o Espírito Santo os chame.

E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele. E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.
(Marcos 10:13–16)

Cada dia, milhares de pessoas nascem em nosso planeta. Todas essas pequeninas criaturas chegam ignorando completamente o mundo em que entram. Nosso coração se enche de profundo amor por elas ao observá-las dormindo no berço.

Logo, essas crianças começam a crescer. Suas risadas alegres enchem nossos dias de felicidade. Com prazer, nós, como pais, trabalhamos arduamente todos os dias para fornecer- -lhes sustento e abrigo. Preocupamo-nos em prover para elas tudo quanto necessitam.

Porém, mais do que tudo, nós, pais cristãos, nos preocupamos com o bem-estar espiritual de nossos filhos. Queremos ter certeza de que eles estejam bem treinados nas coisas de Deus. Desejamos que sejam salvos.

O que Deus requer para que nossos filhos sejam salvos? O que podemos fazer para estar seguros da salvação de nossos queridos filhos?

Há muitos pais que batizam os filhos poucos dias após terem nascido. “Pois isso”, é-lhes dito, “assegura a entrada das crianças no céu”. Apesar disso, o Novo Testamento claramente ensina que quem deseja ser batizado deve primeiramente crer (veja Marcos 16:16; Atos 2:38; 18:8). Está claro que bebês e crianças pequenas não podem crer. Será que por isso estão condenados?

A Bíblia ensina que todos os humanos foram constituídos pecadores pelo pecado do primeiro Adão. Romanos 5:12 diz que “como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens”. Isso, sem dúvida, inclui as crianças. A morte espiritual passou a todos.

No entanto, a morte de Jesus na cruz tornou possível esta declaração, também encontrada na Bíblia: “Assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (v. 18). Isso inclui as crianças! A vida espiritual veio a todos. Os únicos que não têm esta vida são os que, ao rejeitar Jesus, condenam-se a si mesmos. As crianças não têm capacidade de rejeitar Jesus. São inocentes perante Deus.

Jesus Cristo disse sobre a salvação: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18:3). Essas palavras que saíram da boca do nosso Salvador nos ensinam que entrarão no céu apenas as crianças e os que são como crianças.

As palavras de Jesus em Marcos 10:14 deixam ainda mais claro que as crianças estão seguras, são salvas. Ele disse: “Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus”. Dessa maneira, Cristo expôs seu veredito sobre a salvação das crianças: elas são inocentes, são salvas, são do reino de Deus.

Jesus tomou crianças nos braços, sem esperar nenhuma decisão da parte delas. Pelo contrário, ele sempre confrontava aqueles que tinham idade suficiente para fazer uso da razão e lhes ordenava: “Segue-me”; “Arrependa-se”; “Vende o que tens e dá aos pobres”; “É necessário nascer de novo”, etc. No entanto, Jesus nunca falou assim com os pequeninos; apenas “impondo-lhes as mãos, os abençoou” (Marcos 10:16).

Nós, como pais, devemos descansar sabendo que nossos filhos pequenos estão salvos porque são inocentes perante Deus. Como pais, devemos criar com amor e sabedoria nossos filhos inocentes, ensinando-lhes com diligência a Palavra de Deus. Devemos preparar esses inocentes para que, ao chegarem à idade em que podem fazer uso da razão, e ao escutarem o chamado pessoal de Deus no coração, voluntariamente decidam entregar-se a Cristo e segui-lo.

Quando uma criança deixa de ser inocente perante Deus, deparando-se com a necessidade de tomar uma decisão pessoal de seguir a Cristo ou de rejeitá-lo? É certo que, a uma só voz, os evangélicos confessarão que o bebê recém-nascido é inocente. Mas e quanto a um menino de dois anos? De cinco anos? De dez anos?

Os pais e os pastores que se atrevem a pressionar as crianças inocentes para que “se entreguem a Cristo” antes que o Espírito Santo as convença do pecado fazem com que elas tropecem.

Em contrapartida, deixar de suplicar aos adolescentes que prestem atenção ao chamado do Espírito Santo e se convertam em cristãos, é colocá-los em perigo de se perderem para sempre. À medida que o tempo mais florescente da colheita passa, a preciosa colheita torna-se cada vez mais corrompida. É muitas vezes maior a quantidade de pessoas que obedecem ao chamado de Deus aos 13 anos do que aos 23.

Anime os adolescentes para que se entreguem a Cristo tão logo eles ouçam a voz do Espírito Santo, enquanto a vida deles ainda não está manchada pelo pecado. Proporcione para eles um lar e uma igreja que os educarão em uma vida de discipulado cristão. Dirija o entusiasmo e a energia deles na adolescência para a promulgação do evangelho. Algum dia, eles lhe agradecerão por ter feito isso.

Conclusão

Para concluir, desejamos rogar aos pais que considerem bem as responsabilidades tão importantes que aceitam quando decidem trazer filhos ao mundo. Deus fez os pais responsáveis por preparar o coração dos filhos até que cheguem à idade em que o Espírito Santo os chame. Além do mais, os pais são responsáveis por ser os conselheiros mais íntimos dos filhos durante os primeiros anos difíceis de sua caminhada cristã até que saiam de casa para estabelecer o próprio lar ou para servir ao Senhor em outro lugar. Os pais poderão cumprir bem suas responsabilidades apenas se buscarem a ajuda divina e entenderem os ensinamentos da Palavra de Deus.

~Dallas Witmer

Détails
La Langue
Portuguese
Auteur
Dallas Witmer
Éditeur
Editora Monte Sião
Publié
02/05/23
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