“Eu não faço com que outros pequem! Além disso, eu não sou responsável pelos pecados de outros.”Pois bem! Mas isso é verdade?
“E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração” (Gênesis 6:5–6).
Eu estava em frente a uma loja, tomando uma Pepsi quando notei que um táxi passava em frente. Ao passar, o taxista diminuiu a velocidade e olhou as duas mulheres que atendiam o negócio. Ele assobiou para elas várias vezes, fez sinais com seus olhos e até as paquerou de dentro do táxi. Eu notei que as mulheres estavam bastante aborrecidas. Depois que o taxista seguiu seu caminho, elas comentaram: “Como são horríveis os modos dos homens!” “Todos são tão loucos.” “Que bom seria se nos respeitassem!”
Fiquei ouvindo-as por um momento. Depois lhes disse:
— Sabem? Vocês são parte do problema. Do modo como vocês se vestem, é com razão que os homens se comportem assim com vocês. Vocês são cúmplices do que eles estão fazendo.
Eu terminei a minha Pepsi e segui meu caminho. Elas não ficaram muito convencidas. Não quiseram reconhecer que elas, assim como muitas outras mulheres que se vestem tão indecentemente, são cúmplices nos muitos pecados sexuais que os homens cometem.
E assim é com a maioria da humanidade. Não queremos reconhecer que podemos fazer parte da grande cadeia de pecados, onde cada um contribui um pouco, mas todos lançam a culpa naquele que se envolve de forma mais ativa no ato final.
Talvez você me diga: “Eu não faço com que outros pequem! Além disso, eu não sou responsável pelos pecados de outros.”
Pois bem. Que bom seria se assim fosse. No entanto, eu vou lhe contar que a minha vizinha Graciela também não crê que seja cúmplice dos muitos pecados que se cometem nesta vizinhança. A única coisa que ela faz é vender cerveja. O que ocorre é que um outro vizinho meu, Luís, consome as bebidas que a Graciela vende. Quando ele chega em sua casa, todos fogem ou asseguram-se que tenham escondido todos os facões e punhais, pois Luís é demasiadamente violento quando bebe o que Graciela gosta de vender. Graciela é cúmplice da violência doméstica que a família de Luís sofre.
Francisco, um conhecido meu, morreu assassinado. A polícia investigou o caso e prendeu Hugo e Jaime. Foi um caso com muitos detalhes encobertos. A polícia nunca soube a fundo quem mais estava envolvido no homicídio. Mas agora se sabe que Edvaldo e Marcos também estavam envolvidos no caso. Edvaldo incentivou Hugo e Jaime, dando a eles idéias da melhor maneira de matar Francisco. E Marcos, três dias depois, ajudou a tirar a arma do lugar onde haviam emboscado Francisco para matá-lo. Lembre-se que somente uma pessoa apertou o gatilho que fez disparar a AK-47 que disparou a bala que matou Francisco. Mas, todos os demais comparsas que ajudaram neste crime são cúmplices e também são culpados.
Em um Centro Recreativo local, houve uma briga durante uma festa onde várias pessoas foram baleadas. Ninguém aceita a responsabilidade pelo caso, mas sim, todos lançam a culpa nas duas pessoas que apertaram o gatilho. Mas, por que ocorreu isto? Principalmente, pelo ambiente dessa música forte e porque estavam bêbados. Agora farei algumas perguntas: Quem lhes vendeu as bebidas fortes? Quem as fabricou? E quem as entregou para quem as vendeu? Quem providenciou o ambiente dessa música forte para a festa? Quem gravou esta música? Quem a cantou? Enfim, quem mais ajudou a providenciar o ambiente que conduziu ao crime que se cometeu nesta festa? Todos eles são cúmplices, comparsas e associados. São uma parte anônima, mas bastante culpada neste crime.
Sara, uma jovem muito conhecida neste povoado, suicidou-se. Depois que ela morreu, alguém encontrou algumas cartas escritas por ela onde se dirigiu a sua família para informar-lhes sobre o quanto lhe doía a rejeição que ela sofria por parte deles. Agora a sua família se lamenta por nunca demonstrar amor a Sara. Sempre a desprezavam. Agora seu irmão Marcos reconhece e diz: “Agora vejo que cada vez que lhe dizia ‘burra!’, o que eu estava fazendo era aumentar a sua intensa dor”. A família de Sara se lamenta e reconhece que a sua rejeição para com a Sara, os convertera em cúmplices no suicídio dela.
Henrique é filho de João e Griselda, outros vizinhos meus que freqüentam fielmente a uma igreja local. João e Griselda lamentam-se pelos roubos, pelas brigas, pelas mentiras e as festas nas quais se envolve Henrique. Se perguntam por que Henrique faz tudo isso. Não reconhecem que quando Henrique era criança, eles mentiam para ele, dizendo: “Venha para cá ou um tigre vai te comer!” Eles também o repreendiam de forma grosseira e o tratavam muito mal. Ele disse: “Ser como meus pais? Nunca! Eles não são cristãos.” E tem razão. Eles, por não viverem como mostra a Bíblia, afastaram Henrique de sequer desejar seguir a Deus. São cúmplices dos pecados de Henrique.
E você, por acaso é cúmplice de algum pecado? Vende cerveja ou cigarros? Aluga vídeos? Isto lhe faz ser cúmplice. Se você aluga um vídeo a alguém e depois essa pessoa adultera ou mata porque o assistiu no vídeo, então será cúmplice dos atos desta outra pessoa. É parceiro de criminosos e de pessoas corruptas. Por acaso vende as maquiagens, as jóias, os sapatos de salto altos ou os vestidos e acessórios que usam as prostitutas e outras mulheres para exibir-se? Assim estará se associando com os pecados de prostituição, lascívia, fornicação e adultério. E a menos que se arrependa, será julgado.
Cada pessoa prestará contas pelos seus próprios pecados... e pelas coisas que fez, tornando-se parceiro de pecadores. A Bíblia diz: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” (Efésios 5:11).
Querido(a) leitor(a), eu lhe desejo a paz e a alegria que vem ao saber que está fazendo a vontade de Deus e que não está participando em nada que escravize ou destrua ou que faça pecar. Por favor, lhe rogo que entregue a sua vida a Cristo. Ele lhe perdoará por meio de seu sangue se você se arrepender e confessar sua cumplicidade no pecado.
Talvez me diga que não é possível economicamente fazer outra coisa fora o que agora está fazendo para ganhar a vida. Se deixar este negócio que lhe torna cúmplice do pecado, eu não posso lhe prometer que Deus irá abençoá-lo com muitos bens materiais, nem que não irá sofrer prejuízos monetários por decidir seguir o caminho de Deus. O que sim poderei afirmar é que Deus sempre abençoa aos que lhe seguem e que passo a passo os guiará até chegar nas moradas celestiais. Ali será onde algum dia veremos o porquê de tudo o que Deus pede que façamos. E ali seremos muito abençoados por não ter participado nos pecados de outros!
Por favor, eu lhe rogo que dê atenção ao mandamento divino: “Nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (1 Timóteo 5:22).
E que não se esqueça das palavras de Jesus! “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11).